Pierre Labat experimenta os dados materiais do espaço com combinações pertinentes que, por vezes, parecem alquimia. Construções possantes e sóbrias, cada uma das suas esculturas resulta de uma linguagem de formas reduzida, «minimalista». Questionando constantemente a posição do espectador que se torna componente da obra, a escultura concretiza o seu advento através de resistências físicas e sensitivas. Ao permutar dados científicos e arquitectónicos, Pierre Labat aproxima a escultura do fenómeno natural e define um novo limiar de transposição do espaço. Joga com o cheio e o vazio, a extinção e a eclosão, articulando o espaço com situações extratemporais e questionando os mecanismos do comportamento humano.

Marianne Derrien, in the catalogue about the exhibition Infiltration, le privilège des chemins